aroeira

2006/02/22

estudo de impacte ambiental

É curioso que o estudo de impacte ambiental, publicado no site da Costapólis, e efectuado pela empresa Bioestudos, origine tantas dúvidas e contradições, como o próprio projecto transmite.

Procurando estabelecer (sempre) um carácter positivo aos parques de campismo, é revelado que estes encontram-se há já várias décadas na Costa de Caparica. Ao que sabemos, cerca de 2, no máximo 3 décadas (corrijam-me se estiver errado). É esquecido ainda que estes parques foram ali localizados a título PROVISÓRIO, talvez dada a sua implantação não ser a melhor - sobre as dunas, e sem os recursos naturais que os parques de campismo deverão ter, como o ensombramento, por exemplo.

Continuando, o estudo acentua que os parques funcionam sob uma forte componente associativista, que os organiza, dinamizando o seu funcionamento de um modo bastante salutar. Continua explicando que isto, bem como o carácter quase permanente da sua ocupação, estabeleceu já relações de 'vizinhança' entre os seus associados e utentes. De facto, estes parques de campismo acabam por se parecer como pequenas urbanizações de utilização sazonal (férias e fins de semana), com uma ocupação permanente e constante, por parte destas mesmas famílias.

Mais adiante, e no mesmo documento, tenta-se minimizar esta ocupação permanente, indicando que a mesma é sazonal. Os problemas de tráfego, ainda com a criação de novas vias, serão inimagináveis. O impacto destes será brutal.

O estudo indica que os parques de campismo representam cerca de 50% do turismo no Concelho de Almada, procurando valorizar os benefícios destes para a economia do Concelho. Se assim é, 50% do tráfego que entope actualmente a Costa de Caparica, sobretudo no Verão e nos fins-de-semana, será proveniente do campismo. Estará a Charneca de Caparica, a Aroeira e a Fonte da Telha, devidamente dotada de infra-estruturas que suportem este projecto?